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Acidentes levam a questionamentos sobre segurança no sistema Petrobrás

Os últimos acidentes ocorridos no sistema Petrobrás nos levam a fazer questionamentos sobre as políticas de SMS da empresa. Há alguns anos, a estatal, vem investindo pesadamente na burocratização dos trabalhos em detrimento a uma política sólida de treinamento. Tudo isso acontece porque o Procop cortou de forma maciça os treinamentos legais, ou seja,  obrigatórios quanto mais os treinamentos específicos de cada particularidade de processo.

Diante desse quadro, a grande pergunta em relação a segurança das instalações e  dos trabalhadores é se realmente a empresa se preocupa com a força de trabalho ou  simplesmente investe na burocratização para retirar dos “ombros” a responsabilidade pelos incidentes e acidentes que vêm se agravando.

Outro ponto que não devemos deixar de entender são as políticas de manutenção precarizada, ou seja, empresas terceirizadas que ao longo dos anos vêm trabalhando, dentro das unidades, com cargas máximas e com a manutenção sendo protelada de sobremaneira para manter a produção e isso está regimentado dentro de todo o sistema Petrobrás. O fato é que a manutenção está “capenga” – como dizem no dicionário operacional – e as paradas de manutenção estão diminuindo cada vez mais os escopos para reduzir os custos e o tempo de manutenção. O que leva a um tempo de campanha que não é o ideal em termo de operação e segurança da planta.

Nesse quadro devemos entender que as políticas de SMS da empresa não buscam a prevenção e sim simplesmente a não responsabilização pelos acidente e incidentes.

Valorizar o trabalhador, os treinamentos e um ambiente laboral saudável aumenta a segurança dentro da planta, pois o que vemos são petroleiros descontentes com inúmeros documentos a serem preenchidos, alimentação cada vez mais escassa, manutenção precarizada e cobrança exacerbada em cima de produção a todo custo.

E é nesse cenário de insegurança que no início do mês houve um acidente com vazamento de aproximadamente 30m³ de gasolina de aviação (GAV), na RPBC, uma morte oriunda de explosão na Reman e no começo dessa semana mais um petroleiro foi vítima de um acidente, também na RPBC.

Acidente na RPBC
Na segunda-feira (18/08), por volta das 10h00, o técnico de operação estava liberando a válvula controladora da unidade de destilação N. Durante os trabalhos, o petróleo que estava aquecido próximo a 180º, saiu pela mangueira atingindo o corpo do trabalhador que conseguiu segurar o artefato para minimizar o banho que estava tomando. No mesmo momento, um petroleiro viu a emanação de uma fumaça escura e pediu ajuda pelo rádio.

A nuvem além de toxica, era explosiva e colocou em risco a vida do trabalhador que poderia ter sido vítima não só das queimaduras, mas de uma explosão. O resultado desse acidente foi que o petroleiro teve 20% do corpo atingido (costas, rosto, pescoço e ombros) com queimaduras de 1º e 2º graus. Ele foi prontamente socorrido pelo SMS e encaminhado a um hospital. Esteve em observação na UTI por dois dias e segue internado até a semana que vem.

Os representantes do Sindipetro-LP estão acompanhando de perto o caso para averiguar os fatos que culminaram nesse acidente.

Nenhuma resposta para “Acidentes levam a questionamentos sobre segurança no sistema Petrobrás”

  1. Petrolino disse:

    Tem que mandar para o inferno este Rogerio Deusmonio e seus comparsas e cúmplices de tantas irregularidades, ilegalidades, imoralidades de SMS que existem na RPBC. Enquanto tiver técnico de segurança bombeiro gerenciando o SMS e o SMS/SI a política do PBS, PBO e EPI é que vão valer ao invés da engenharia de segurança para previnir e eliminar os riscos industriais. Seria melhor que uma comissão de SMS formada pelos trabalhadores eleitos é que gerenciasse o SMS ao invés destes incompetentes. No dia da reflexão de SMS do Abastecimento o Gerente Geral Deusmonio e o Gerente de SMS Florquenaosecheira lotaram o refeitório do CEAD de trabalhadores e em total desrespeito a legislação do corpo de bombeiros e do MTE (NR 24) colocaram dois talões e fios elétricos obstruindo duas rotas de fuga do refeitório para dar uma palestra de SMS. O pior foi na SIPAT 2014 onde os dois permitiram mais de 100 trabalhadores sentarem e ocuparem as rotas e saídas de emergência do auditório. É muita negligência, imprudência, imperícia desta dupla de campineiros que só fazem coisas erradas na RPBC. SMS jaaaaaaaaa….

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