É com grande pesar que a Federação Nacional dos Petroleiros informa o falecimento do companheiro, Antônio Rafael Santana, 26 anos. Rafael, que atuava como técnico de operação, na REMAN, foi vítima de uma explosão que ocorreu no último dia 16 de agosto, por volta das 23h.
O trabalhador, que estava com 75% do corpo queimado, permanecia internado desde o ocorrido. A Petrobrás ainda não divulgou a causa do acidente, mas indícios apontam para vazamento de gás. Uma comissão foi formada para investigar as causas da explosão na Refinaria de Manaus (Reman).
A FNP lamenta mais uma vez a morte precoce desse companheiro e vai lutar para que ele não se torne mais uma estatística. Esse acidente comprova mais uma vez que a Petrobrás anda deixando muito a desejar no quesito segurança e que se não for tomada uma medida drástica por parte dos dirigentes, outros companheiros se tornarão novas vítimas desse sistema tão fragilizado.
Reman
A refinaria opera, desde o ano 2000, com capacidade de processamento de 7 milhões e 300 mil litros de petróleo por dia, ou seja, 46 mil barris por dia, e atende os mercados dos estados do Pará, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.
Rafael, presente!
Na RPBC e no IERB existe a pressão do Gerente Geral da RPBC e do Gerente de SMS da RPBC para que não ocorram o registro de acidentes e doenças do trabalho e nem de vazamentos. As provas dos acidentes e doenças ocorridas podem ser obtidas junto aos registros em papel e aplicativos de atendimentos de enfermagem e médicos. Para se ter uma idéia na RPBC hoje o número de acidentes sem afastamento é 6 e o de acidentes com afastamento é 7. Pelas estatísticas da Petrobras disponíveis em http://portalpetrobras.petrobras.com.br/conteudo/petr_banco_anexos/sms/Piramide_2009_a_2013.pdf o número de acidentes sem afastamento na RPBC deveria ser no mínimo 7 vezes maior do que o número de acidentes com afastamento, um absurdo. Tem que apurar e punir os irresponsáveis.
O acidente que matou o operador da REMAN envolvendo a explosão seguida de incêndio de um veículo em área perigosa no último dia 16/08/2014 poderá ocorrer em várias outras unidades da Petrobras. Na RPBC o Gerente Geral que é engenheiro eletricista e o gerente de SMS que é técnico de segurança do trabalho ambos diariamente estacionam e transitam com seus veículos que são considerados fontes de ignição de vapores e gases inflamáveis em ruas e avenidas consideradas como áreas classificadas de acordo com a NR 10 e normas ABNT e ISO/IEC e em áreas perigosas segundo a norma NR 16 do MTE sem a emissão de permissão para trabalho em desacordo com a NR 20 do MTE e normas da Petrobras (Ex.: Rua em frente a UGN, Rua de Acesso a ARNO, Rua de acesso a AROE, Rua ao lado da URC, Rua ao lado da URC, Rua de acesso aos vasos da tocha III, Rua ao lado da ETDI, etc.). Isto é um absurdo e inadmissível e um descumprimento da legislação e transgressão do código de ética da Petrobras. Na RPBC também não é exigido que todos os trabalhadores que adentrem as unidades de processo e da TE utilizem roupas resistentes aos produtos químicos e ao fogo em desacordo com a NR 6 Equipamento de Proteção Individual do MTE e padrão de EPI do Abastecimento (PE-5AT-00012-C – Equipamento de Proteção Individual). Outros absurdos promovidos por estes gerentes:
a) os ex-prédios administrativos que foram desativados pela diretoria da Petrobras por motivos de insegurança e por não atenderem a legislação de SMS estão sendo utilizados por ordem de tais gerentes colocando em risco a vida de centenas de trabalhadores;
b) no posto de abastecimento de combustível da RPBC o vento derrubou o telhado metálico e o Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas e agora estes dois gerente mandaram colocar um telhadinho suportado por pedaços de pau e telha transparente e sem o SPDA, tem que interditar e denunciar;
c) O piscinão de água contaminada está totalmente contaminado por hidrocarbonetos tóxicos e cancerígenos a céu aberto e o gerente geral e o gerente de SMS a mais de 1km de distância no centro administrativo de 180 milhões de reais que foi construído para tirar parte dos trabalhadores das áreas de riscos intoleráveis. Tem que transferir as oficinas do MI, do SOP e laboratório para o CEAD e o gerente geral e o gerente de SMS para um container no meio do piscinão.
d) o projeto de adequação das edificações da RPBC aos requisitos legais e normativos para adequar a segurança estão parados;
e) os filtros da caixa de chegada da ETDI estão saturados;
f) o blow-down da UCP-I está jogando diariamente centenas de kilos de produtos químicos na atmosfera;
g) os sistemas de cloro ainda não foram adequados aos padrões do Abastecimento e da ABNT;
h) os trabalhadores do CEAD continuam diariamente respirando resíduos de coque de petróleo e emissões das unidades de processo sem nenhuma medida de controle e monitoramento de segurança, ambiental e de saúde adotada;
i) as plataformas de acesso aos equipamentos e áreas de TE e UT estão em péssimo estado e conservação;
j) os treinamentos previstos na NRs não estão sendo realizados;
SMS jááááa´!!!!