Levada em todas as mesas de negociação pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) sem nenhuma resposta satisfatória da empresa, a luta pela correção imediata das distorções do PCAC (Plano de Plano de Classificação e Avaliação de Cargos) ganhou um reforço de peso. Indignados com a discriminação imposta pela companhia, técnicos de contabilidade lançaram, em junho, um manifesto nacional exigindo a imediata valorização da profissão.

Isso porque a profissão de Técnico de Contabilidade têm sido, nos últimos anos, uma das mais prejudicadas e desvalorizadas dentro da empresa. Para se ter uma ideia, no estado de São Paulo um Assistente Contábil recebe em média R$ 2.093,83. Já na Petrobrás, maior companhia do País e a 34? maior empresa do mundo, segundo ranking recente publicado pela revista Forbes, o salário base de um Técnico de Contabilidade Júnior é de R$ 1.375,78.

Além disso, enquanto cargos operacionais de nível médio têm enquadramento de início de carreira no nível 438A e em final de carreira no nível 470B, um petroleiro que atua como Técnico de Contabilidade, cuja função exige uma série de certificados e conhecimentos específicos, vai do nível 433A ao 465B. Ou seja, cinco níveis abaixo. Outros cargos, que poderiam ser exercidos também por um Técnico de Contabilidade, por não exigirem especialização, mas apenas o Ensino Médio completo, oferecem remuneração maior do que um cargo específico e que exige o enquadramento de normas regidas por órgãos como o Conselho Regional de Contabilidade (CRC) e o Conselho Federal de Contabilidade.

Diante disso, é mais do que justa a reivindicação desses trabalhadores. O Sindipetro-LP, ao lado dos demais sindipetros da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), apoia e assina embaixo este manifesto e continuará exigindo a correção e revisão do PCAC, pois esta medida é condição básica para a real valorização não apenas dos Técnicos de Contabilidade, mas de todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás como técnicos de enfermagem, técnicos de meio ambiente, operadores, técnicos de manutenção, bibliotecários, técnicos de segurança, dentre outros.

A insatisfação é generalizada e a mudança deste quadro passa, obrigatoriamente, por uma mudança na política salarial da empresa. Não queremos aumento em remuneração variável (RMNR, PLR), queremos aumento real no salário base, queremos esses valores incorporados ao nosso salário!

Manifesto na íntegra (clique aqui)