A situação na UTGCA não é das melhores, já que é uma unidade que (mesmo nova) apresenta diversos problemas crônicos. Um deles é a falta de comunicação de vazamentos, tanto para os trabalhadores como à comunidade que vive no entorno.

O Sindipetro-LP  vem fazendo reiteradas denúncias, mas nada foi resolvido. A grande preocupação, e não é pequena, é a contaminação dos trabalhadores e da população.

O caso é tão alarmante que no mês de abril foi criada a Comissão de Assuntos Relevantes (CAR), na qual os vereadores de Caraguatatuba avaliam as questões de segurança e meio ambiente da unidade.

Essa comissão foi criada após reclamações de moradores e representantes de bairros que sentiram fortes odores na região com o inicio das atividades da estatal na cidade.

Relatório

No dia 19 de novembro, na sessão da Câmara de Caraguatatuba, os vereadores que compõem a CAR apresentaram um relatório final sobre o quadro real da UTGCA. O documento, que contém 20 páginas, apontou e constatou através de apurações que houve vazamentos de C5+. Tal informação, amplamente divulgada pelo Sindicato, foi confirmada por representantes da unidade. Entretanto, numa tentativa de relativizar e minimizar a gravidade do fato, afirmaram se tratar de um acidente de “pequenas proporções”. Além disso, disseram que não causariam problemas ao município.

Independentemente de causar problemas ou não, o que discordamos, todo e qualquer vazamento deve ser notificado para que sejam cumpridas as normas de segurança. Por isso, ao minimizar as consequências do vazamento, a companhia mais uma vez demonstra total negligência e omissão. Isto só demonstra o descaso com a categoria e a necessidade de fingir uma realidade que não existe.

Enquanto isso, a categoria e o Sindicato quer saber: quando a gerência da UTGCA irá colocar em prática o seu discurso? Esperamos que não sejam necessários novos vazamentos e uma contaminação de largas proporções para que a empresa se movimente.

Confira matéria publicada no jornal Imprensa Livre: http://tinyurl.com/kdwby9u