Diante do quadro nacional desfavorável, com assinaturas de acordo consolidadas em dois sindipetros e aprovações já realizadas em outras bases, os petroleiros do Litoral Paulista aprovaram a 2ª proposta de PLR da companhia. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (23/07), em Assembleia realizada na sede, em Santos, e na sub-sede, em São Sebastião.
A votação, longe de significar um sentimento de satisfação da categoria, representa a impossibilidade de avançar no valor proposto diante de mais uma traição da Fupbrás. Outro detalhe que não passou despercebido foi a presença de gerentes e supervisores da empresa na assembleia. Isso comprova, mais uma vez, o interesse da companhia em interferir diretamente no resultado das votações.
Inicialmente, foram colocadas três propostas de votação, sendo a primeira para o adiamento da assembleia. O objetivo seria aguardar o cenário nacional, uma vez que nem todas as assembleias foram fechadas. Entretanto, a proposta foi rejeitada. Com isso, foram realizadas duas votações: uma para apreciação do valor de PLR e outra para a antecipação do “abono” – Gratificação Contingente.
No total, foram 80 votos a favor e 29 contra a proposta de PLR; e 62 votos a favor e 44 votos contra a proposta de antecipação de abono. Dessa forma, tanto o valor de PLR quanto a antecipação do abono foram aprovados pela categoria. Outra proposta aprovada, esta por ampla maioria de votos, foi a taxa assistencial de 2% aos petroleiros não-sindicalizados.
Como balanço desta campanha de PLR fica a necessidade da categoria se unir e participar ativamente das assembleias para que as votações reflitam – de fato – o real sentimento dos trabalhadores.
VI Congresso da FNP é neste fim de semana
Neste sentido, outra tarefa que deve ser assumida por todos os lutadores é a construção de um congresso vitorioso em São José dos Campos, no próximo fim de semana. O Sindipetro-SJC será palco do VI Congresso da FNP entre os dias 27 e 29 de julho. Nesta ocasião, a categoria terá a oportunidade de organizar a campanha salarial que se aproxima e propor novas ações para enfrentar com melhores condições as próximas negociações.
Interessante que agora ninguém fala nada da base de SJC ser a última a assinar. Ano Passado quuando como medida de protestoi aos pelegos-mor aprovaram logo de cara, muita gente reclamou!!!
Enquanto isso….. Dilma estréia seu helicóptero novo…
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1125992-dilma-estreia-helicoptero-vip-comprado-da-franca.shtml
Não entendo o motivo do sindicato reprovar a participação de gerentes nas assembléias. Eles também não são funcionários da empresa??
Eu tbm não entendo. Afinal, gerente é gente fina. Faz greve, piquete, enfrenta o patrão e sempre briga por melhores condições de trabalho, não é mesmo?. Sei muito bem quem você é. Deve ser algum capacho de gerente da UO-BS.
Voce esta errado Arnaldo
Eles devem participar, todos somos empregados e temos nossas funcoes. Esse seu pensamento é totalmente ultrapassado e marxista.
Vale lembrar que é uma empresa do governo e este que estipula os valores repassados aos funcionarios. Somos livres e muitos que tem cargos altos podem ser contrarios a opiniao da maioria dos diretores.
Pode até ser que algum ou muitos sejam contrários a opinião dos diretores, mas votar contra é colocar em risco o próprio cargo. São livres para votar desde que seja a favor da empresa.
Eles podem ser até contrários em pensamento, mas se se posicionarem contra vão perder os cargos. Por isso, os cargos são chamados de cargos de confiança . . . do patrão/diretor/presidente/governo.
Gerente que quer defender alguma posição de gestão, que por ventura melhore a relação de trabalho, deve fazê-lo, primeiro, no dia-a-dia da prática da gestão, por dentro da Companhia, mudando sua estrutura e modelo de gestão, desempenhando todos os papéis do bom gestor de pessoas (Defensor dos Empregados/Gestão estratégica/ Gestão da Infraestrutura e integrando tudo como Gestor da mudança). No entanto, na cultura Petrobras, gerente que defende interesses dos trabalhadores é mal visto, pelo entendimento de que faz papel que não é dele, mas que é do pessoal do sindicato ou, no máximo, das assistentes sociais que trabalham no RH (em muitos lugares até isso deve ser proibido). Isto é, não são gerentes, não são da confiança dos superiores, ao contrário, estão dando muita confiança aos seus subordinados.
Gerente é cabresteado, não pode emitir opinião própria independente do que a Companhia determinar. Portanto, vai em assembléia só para aprovar a proposta que seu patrão mandou e, sua presença, tem por objetivo inibir a participação, livre expressão e organização dos seus trabalhadores subordinados que poderão passar a perseguidos.
A presença gerencial nas assembléias de trabalhadores, do ponto de vista da disputa política é, no mínimo, uma provocação; e do ponto de vista ético, me parece assédio moral tanto sobre os gerentes, por parte da empresa (pois, de fato e de direito, estarão cerceados em emitir voto livre de amarras), quanto dos gerentes, relativamente aos empregados, pois proporcionará aos gerentes controle e vigilância, influência, sobre processo que não pode estar subordinado à hierarquia funcional-patronal.
Assim, essa é uma questão que deveria ser submetida para análise do Conselho de Ética da Companhia a fim de estabelecer diretriz para que os gerentes da Companhia não sejam assediados moralmente, bem como não corram o risco de abusarem de suas autoridades afetando direitos dos trabalhadores e desvirtuando as votações no âmbito dos sindicatos pelo voto de cabresto. É um ponto para ser melhor estudado e discutido.
Abraço a todos.
Pensamento totalmente ultrapassado. Vivemos em uma democracia! Pode ter certeza que a maioria que aprovou a PLR nao era de cargo de confianca.
Pronto, parem de ser lunaticos.
Anaozangado tá bancando o pelego moderninho. Engraçado, que gerente só aparece em assembleia na hora de aprovar. Pare de ser covarde.
Parece que eu já vi este filme… Basta uma base aprovar para a empresa finalizar as negociações e todas as demais bases serem vencidas. Lutar depois de uma aprovação por uma base, parece inútil e isso vem acontecendo ano após ano, negociação após negociação. A próxima é o acordo coletivo. Será que veremos esse filme mais uma vez???